quinta-feira, 28 de março de 2024

Padrões, usabilidade e tecnologia web

Imagemblog portabilis

Wallace Vianna é desenvolvedor web e webdesigner.

Padrões, usos e desusos

Padrões oficiais, tipo ISO 9000 levam tempo para ser definidos e adotados. Outros padrões "não oficiais" como uso de JavaScript no Front-end de páginas web acabam sendo adotados por força do mercado. 

Mas ninguém discute que padronizações são sinônimo de consistência, fazer com que as coisas sejam previsíveis, tenham uma ordenação lógica, facilitando o uso das coisas - do sinal de trânsito ao interruptor de luz.

Na internet padronizações não são muito a sério. O "efeito Orkut" - se o usuário precisar ou gostar muito do site ele usa de qualquer jeito - parece ter feito escola na internet.

Cenários ruins

Cito aqui exemplos na data deste post (março de 2024):
o WhatsApp da Meta oferece recursos diferentes para pessoas diferentes, aparentemente pelo perfil do usuário. Uma mesma versão do WhatsApp pode oferecer a LuzIA, uma IA/Inteligência Artificial generativa de perguntas e respostas, que oferece respostas só com texto ou com textos e imagens.
Opções de adicionar uma segunda conta no mesmo celular estão disponíveis para uns e não para outros. A lista é enorme.

O Instagram oferece recursos que deveriam ser básicos de forma pulverizada entre navegador web, aplicativo desktop e móvel (este último se dividindo em versão completa e lite/reduzida): para adicionar postagem eu posso usar o navegador web ou aplicativo de celular, mas para excluir só pelo navegador web.
Recentemente o Instagram eliminou um recurso chamado de Guias, uma forma de organizar conteúdo, que, aparentemente não estava sendo muito usada, mas que dava certo trabalho para construir. Pra piorar, perdi o acesso a uma conta minha no Instagram e que por ser pouco usada, parece que as chances de recupera-la são pequenas.

O Linkedin oferece versões móvel e desktop da sua rede social, mas ocultando páginas, recursos e conteúdos na versão móvel (ao menos no navegador web). Não posso acessar uma página-vitrine minha no Linkedin nem editar postagens no navegador web.

Sugestões de melhoria

Essas políticas de uso e desorganização da arquitetura de informação em nada contribuem para um bom uso da internet e refletem apenas que uma ISO precisa ser criada urgente, com diretrizes mínimas para os sites da internet. Um selo que confere um "premio" ao site nesse quesito seria uma iniciativa boa nessa área, para fomentar boas práticas, independente das políticas de cada empresa. Algo como:

a) Facilitar acesso aos mesmos conteúdos e recursos existentes na versão móvel  e desktop/de mesa (mesmo no navegador móvel, usando modo computador desktop).

b) Oferecer recursos básicos como criação, exclusão e edição de conteúdos em todas as versões do site (desktop, móvel) e dispositivos (celular, PC desktop).

c) Oferecer versões antigas do aplicativo móvel ou de mesa para usuários com equipamentos antigos, além de não bloquear o acesso para esses usuários. Um alerta permanente dos risos e problemas deve ser oferecido nesses casos.

São poucos tópicos mas que englobam uma gama de situações e problemas básicos que são negligenciados há anos, e que ficaram mais críticos com dispositivos móveis.

quarta-feira, 6 de março de 2024

PC do futuro

Wallace Vianna é webdesigner

Apesar de eu achar que o PC do futuro será diferente do que usamos hoje, certos conceitos permanecerão. CPU, monitor, teclado ou microfone e câmera podem mudar de forma mas continuarão existindo como o S.O. (ou sistema operacional).

Particularmente acredito que "o PC do futuro" é a ideia do criador do navegador Netscape - o navegador de internet ser o único software aplicativo do computador - um conceito a frente de sua época, pois só agora, na segunda década do século XXI, é que isso está começando a virar realidade.
O Chrome OS, sistema operacional do Google para PCs, onde o software está na nuvem mas pode ser usado offline/desconectado, é o melhor exemplo atual desse conceito. Não vamos esquecer das iniciativas de Saas (Software na nuvem) da Adobe, Microsoft e outros também.

Aliás, esse video mostra como o Chrome Os - o sistema operacional livre do Google - pode ser facilmente instalado. 

Falta agora um restaurador da imagem do S.O. que seja gratuito e confiável, pra diminuir o tempo de manutenção do computador. Vamos lá, Google!

domingo, 7 de janeiro de 2024

Blog Profissionais de tecnologia: o ano que passou (2023)

Esse blog atingiu
163.378
visitações até o ano de 2023.


 



Principais países visitantes:
EUA/Estados Unidos (36%), Brasil, Alemanha e França     

Principais navegadores de acesso:
Chrome, Edge/IE, Firefox

Principais S.O./Sistemas operacionais utilizados:
Windows, Mac

Imagem: Freepik / Piki Super Star

domingo, 17 de dezembro de 2023

Navegador web versus aplicativo móvel

Imagem: Freepik / Vectonauta

Wallace Vianna é web designer.

A Internet surgiu no computador de mesa e se desenvolveu no navegador desktop (ou de mesa). Mas hoje o acesso a internet se faz majoritariamente em dispositivos móveis (celulares).
Curiosamente hoje parece que o navegador móvel se tornou o vilão da internet.

Explico: já estou me acostumando a ver essas mensagens nos sites que acesso:




Os exemplos de páginas web famosas com problemas na versão móvel são muitas, como cito nesse link o Gmail, o Facebook e o Linkedin.

Esse estado de coisas surgiu quando a indústria de informática resolveu abandonar o conceito de compatibilidade retroativa (dar suporte a versões de hardware e software antigas) para focar no inverso, compatibilidade progressiva (dar suporte apenas para a versão atual de dispositivos e programas).

O fato dessas mensagens acima existirem mostra a falência da compatibilidade "para frente". É sinal de que muita gente usa celular velhinho (se estamos com Android 12, tem gente com Android 6 ainda funcionando; ou navegador web móvel que não atualiza em Android antigo) e por isso a recomendação de que "é melhor visualizar no aplicativo de celular" acaba sendo uma recomendação que vai falhar em muitas vezes, pois o app não vai instalar pra muita gente.

Eu particularmente uso o navegador móvel na visualização de navegador desktop/de mesa. É claro que é uma ginástica desconfortável, mas me resolve em situações pontuais, quando uma página não aparece, um recurso do site não fica visível, ou uma parte da página não permite acesso.
Mas isso podia ser resolvido da mesma forma que se criou versão desktop/de mesa e versão móvel das páginas web: projetar a página web para exibir todo o conteúdo, em ambas larguras de tela. O usuário que decida qual versão deseja ver (móvel reduzida ou completa) se a página ficar lenta demais ou não pra poder navegar, de acordo com seu aparelho. Em vez de "mobile first" (projetar a página pra carregar a versão móvel primeiro) que tal "user's choice first" (o usuário escolhe a versão que deseja carregar)?

Enfim, a ideia está lançada; espero, como citei no link desse texto, que o mercado adote a filosofia da Apple de exibir uma interface simples em qualquer situação e oferecer recursos avançados em telas separadas, pra não comprometer a navegação nem o desempenho do equipamento.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Software no século XXI

 

Imagem: Coderus.com

Wallace Vianna é webdesigner e desenvolvedor web


Estava usando um software de trabalho, com versão online quando percebi que ele não estava salvando meu trabalho. E pior: nenhum aviso me foi dado a respeito.

Era o meu disco rígido que estava cheio. “Mas normalmente o navegador ou o Windows avisa quando isso ocorre”, vão dizer. Sim, mas neste caso quem estava gravando no meu disco rígido era o software na nuvem, e o salvamento (estranhamente) não passava pelo navegador web – a conversa era entre a nuvem (internet e o HD). Isso mostra que o software no século XXI passa por alguns desafios a resolver, e aos quais faço algumas sugestões:

terça-feira, 10 de outubro de 2023

História da internet no Brasil

Pra quem viveu o início da computação pessoal e a chegada da internet, essa série Web Série Dos Pioneiros Aos Unicórnios (video de apresentação/teaser no final desse post) é como ver um álbum de família, folhear jornais ou revistas antigas, porém comentado pelas pessoas que só conhecíamos de nome.

Pra quem nasceu no século atual, é uma aula de história. 

Nesse sentido lembra os filmes Piratas do vale do silício, documentário Pirates of silicon valleyVale do silício (doc brasileiro), Vale do silício, Piratas da informáticaSteve Jobs o filme, A guerra dos navegadores, (talvez o melhor documentário),ou até Muito além do cidadão Kane (mesmo este último não sendo sobre informática).
De qualquer forma, vale assistir:





sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Tecnolatria, usos e desusos

Wallace Vianna é web designer e desenvolvedor web


A valorização exagerada da tecnologia, seja por desinformação ou culto, leva a algumas situações curiosas que merecem uma análise.